Bronze com gosto agridoce: Seleção feminina de vôlei mantém hegemonia, mas sente a ausência de um título
Brasil garante mais um pódio no Mundial, mas jejum de conquistas desde 2017 ainda incomoda jogadoras e torcida
A medalha de bronze conquistada pela seleção feminina de vôlei no Campeonato Mundial 2025, encerrado no último domingo, veio cercada de sentimentos mistos: alívio, felicidade… e uma pontada de frustração. Mesmo com o terceiro lugar, o gostinho que ficou foi de que dava para mais — talvez até o tão sonhado ouro que não vem há oito anos.
O Brasil chegou perto. Muito perto. A semifinal contra a Itália foi decidida no detalhe. As brasileiras conseguiram frear algumas das principais armas italianas, criaram chances, mas deixaram a vitória escapar por pouco. Se tivessem vencido, chegariam à final como favoritas diante da Turquia. O sonho do título, no entanto, esbarrou mais uma vez no “quase”.
Na disputa pelo bronze, o Brasil superou o Japão em uma vitória suada, que parecia ameaçada em vários momentos. O resultado, no entanto, garantiu mais um pódio internacional — o quinto desde 2021. Desde o título do Grand Prix em 2017, a seleção soma duas medalhas olímpicas (prata em 2021 e bronze em 2024), duas em Mundiais (prata em 2022 e bronze agora) e quatro vices na Liga das Nações (2019, 2021, 2022 e 2025). São feitos relevantes, mas que não escondem o incômodo de uma geração que ainda busca seu grande troféu.
Parte dessa frustração passa por ausências importantes, como a de Ana Cristina, peça-chave da equipe, que ficou fora do Mundial após cirurgia no joelho durante a Liga das Nações. Ainda assim, a equipe demonstrou força, resiliência e qualidade para brigar de igual para igual com qualquer adversário. E isso, por si só, reforça o quanto esse grupo é forte e merece reconhecimento.
Das campeãs do Grand Prix de 2017, restam apenas Macris, Rosamaria e Roberta. O elenco atual é outro — mais jovem, mais versátil, e com sede de vencer. Uma geração que coleciona medalhas, mas que ainda busca um título para selar seu legado no vôlei mundial.
O calendário não dá trégua: em 2026 tem mais uma Liga das Nações; em 2027, Liga e Mundial novamente. E no horizonte brilha o maior sonho de todos: o tri olímpico em 2028.
A seleção está no caminho certo. Mas a pergunta que fica é: quando virá, enfim, o título que esse time tanto merece? Comente, compartilhe e entre na torcida. Essa história ainda está sendo escrita.
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