Bulgária faz história após 55 anos e garante vaga na final do Mundial de vôlei
Com show dos irmãos Nikolov, seleção derrota República Tcheca e vai disputar o título contra a Itália, atual campeã mundial.
A madrugada deste sábado (27) entrou para a história do vôlei búlgaro. Após 55 anos de espera, a seleção voltou a uma final de Mundial ao derrotar a República Tcheca por 3 sets a 1 (25/20, 23/25, 25/21 e 25/22) nas Filipinas. A classificação foi construída em grande parte pelos irmãos Aleksandar e Simeon Nikolov, que juntos marcaram 40 pontos e comandaram a equipe rumo a um feito inédito para a nova geração.
Com o resultado, a Bulgária já tem garantida pelo menos a prata, repetindo o pódio conquistado em 1970, quando perdeu a decisão para a Alemanha Oriental. A grande final será contra a Itália, neste domingo (28), às 7h30 (horário de Brasília), em busca de um título que escapou há mais de meio século.
A dinastia Nikolov em ação
Aleksandar, de 21 anos, filho do lendário ex-capitão Vladimir Nikolov, é o grande nome do Mundial. Ele lidera a competição como maior pontuador, com 150 pontos — 133 apenas em ataques. Contra os tchecos, brilhou novamente, somando 31 pontos. Já seu irmão mais novo, Simeon, de apenas 18 anos, se firmou como o segundo melhor levantador do torneio, com 204 acertos no fundamento, mostrando maturidade e talento além da idade.
No duelo semifinal, os búlgaros só perderam o segundo set, mas se recuperaram com consistência e intensidade, fechando o jogo em quatro parciais. A atuação coroou uma das melhores campanhas da Bulgária na história do Mundial.
O peso da conquista
A última vez que a Bulgária subiu ao pódio foi em 2006, no Japão, quando Vladimir Nikolov ainda era capitão e a equipe levou o bronze diante da Sérvia e Montenegro. Agora, sob o comando do técnico italiano Gianlorenzo Blengini — vice-campeão olímpico com a Itália no Rio 2016 —, a seleção não apenas voltou às cabeças, mas também se colocou entre as nove melhores do ranking mundial.
Itália em busca do penta
Se a Bulgária quer escrever um título inédito, a Itália chega à decisão com a experiência de quem sabe ganhar. Bicampeã consecutiva (1990 e 1994), tricampeã em 1998 e novamente campeã em 2022, a Azzurra vai em busca do quinto troféu. A vaga na final veio após vitória por 3 sets a 0 sobre a Polônia (25/21, 25/22 e 25/23), em mais uma exibição sólida da atual campeã.
Antes da grande decisão, Polônia e República Tcheca duelam pela medalha de bronze, às 3h30 (de Brasília).
O que vem por aí
De um lado, uma seleção que busca manter a hegemonia e alcançar o pentacampeonato. Do outro, uma equipe que renasce com a força de duas jovens estrelas e o peso de meio século de espera. Itália e Bulgária prometem uma final histórica — e a pergunta que fica é: veremos a consagração de uma nova potência ou a confirmação da velha força do vôlei mundial?
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