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Ancelotti mantém base da Seleção e frustra expectativa por mais nomes do futebol brasileiro

A convocação da Seleção Brasileira para os amistosos de 2025 manteve a espinha dorsal do time e trouxe apenas três novidades. A promessa de testar mais jogadores do futebol nacional não se concretizou, levantando discussões sobre as escolhas de Carlo Ancelotti e as oportunidades perdidas às vésperas da Copa do Mundo de 2026.

A lista divulgada por Carlo Ancelotti para os amistosos de 2025, contra Senegal e Tunísia, manteve o padrão das convocações anteriores, com poucas mudanças e foco em nomes já conhecidos. Apesar da expectativa de ver mais atletas atuando no Brasil, apenas sete dos 26 convocados jogam em clubes nacionais entre eles, Hugo Souza (Corinthians), Alex Sandro e Danilo (Flamengo), Fabrício Bruno (Cruzeiro), Luciano Juba (Bahia), Paulo Henrique (Vasco) e Vitor Roque (Palmeiras).

A decisão gerou críticas sutis. Para alguns analistas, o momento seria ideal para testar novas opções, especialmente no meio-campo. Lucas Paquetá foi mantido, mas nomes como Andreas Pereira, do Palmeiras, e Matheus Pereira, do Cruzeiro, poderiam ter ganhado espaço. Matheus, em especial, é visto como um jogador moderno, com excelente visão de jogo e controle de bola, ainda que sua inclusão exigisse ajustes táticos na equipe.

A comissão técnica, por outro lado, parece ter optado pela cautela. Com o calendário do futebol brasileiro chegando à reta final, evitar o desfalque dos clubes pode ter pesado na decisão. Ainda assim, há um sentimento de que o Brasil perdeu uma oportunidade de ampliar seu leque de alternativas.

Entre os nomes contestados, Richarlison aparece novamente sob críticas. Para alguns, Kaio Jorge (Cruzeiro) ou Igor Jesus (Nottingham Forest) mereciam chance. O goleiro Bento também é citado como possível substituível, com o palmeirense Carlos Miguel surgindo como alternativa de bom momento.

Das três novidades apresentadas, apenas uma causou controvérsia: o retorno de Fabinho, hoje no Al Ittihad, após longa passagem pelo Liverpool. A aposta do treinador pode estar relacionada à busca por um sucessor de Casemiro e pela redefinição da função do camisa 10, que no futebol moderno exige criatividade e forte presença defensiva características que Andreas Pereira vem demonstrando com destaque no Palmeiras.

Outro destaque é Luciano Juba, do Bahia. Ex-Sport, o lateral é apontado como possível solução para uma das posições mais carentes da Seleção. Versátil e com bom apoio ofensivo, ele se destaca pela capacidade de construir jogadas desde o meio e pela força ofensiva no Tricolor baiano.

A terceira novidade é Vitor Roque, atacante do Palmeiras. Revelado pelo Athletico Paranaense e com passagem pelo Barcelona e Betis, o jovem jogador oferece intensidade e bom posicionamento ofensivo. Sua mobilidade pode trazer nova dinâmica ao ataque brasileiro, especialmente se for bem aproveitado por Ancelotti.

Com poucos amistosos antes da Copa de 2026, as oportunidades para testar novas peças estão cada vez mais escassas. Ancelotti manteve a base, mas as brechas ainda abertas especialmente no meio e no ataque deixam no ar a dúvida: o técnico está apostando na segurança ou desperdiçando o momento de renovação que o torcedor tanto espera?

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