Arrascaeta decide, Flamengo supera estreia difícil e avança na Copa Intercontinental
Em uma estreia marcada por dificuldades, o Flamengo venceu o Cruz Azul por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Catar, e garantiu vaga na próxima fase da Copa Intercontinental. Após um primeiro tempo instável, o time rubro-negro cresceu na etapa final, contou com o desgaste físico do adversário e teve Arrascaeta como protagonista absoluto, marcando os dois gols da classificação.
A dificuldade de uma estreia em torneios intercontinentais voltou a se confirmar para um clube brasileiro. Na noite desta quarta-feira (10), o Flamengo precisou superar um primeiro tempo problemático, ajustar sua dinâmica ofensiva e elevar a intensidade defensiva para vencer o Cruz Azul por 2 a 1, no Catar, resultado que garantiu a vaga para enfrentar o Pyramids, do Egito, na sequência da Copa Intercontinental.
O grande nome da partida foi novamente Arrascaeta. O uruguaio marcou os dois gols do Flamengo e se destacou tecnicamente em relação ao restante da equipe. Everton Cebolinha, mais uma vez, entrou bem no segundo tempo e reforçou a impressão de viver momento superior ao de Samuel Lino. O Rubro-Negro volta a campo no próximo sábado, às 14h, quando disputará uma vaga na final do torneio.
Nas escalações, Filipe Luís promoveu o retorno de Léo Ortiz ao time titular em relação à equipe que iniciou a final da Libertadores e o duelo contra o Ceará, deixando Danilo no banco. Do lado mexicano, Nicolás Larcamón não contou com o goleiro Kevin Mier nem com o zagueiro Orozo. Piovi formou o trio defensivo com Ditta e Erik Lira, enquanto Carlos Rodríguez atuou no meio ao lado de Jeremy Márquez.
O Flamengo saiu na frente cedo, mas não conseguiu controlar o jogo no primeiro tempo. Aos 14 minutos, Arrascaeta aproveitou um erro de Piovi na saída de bola, recebeu livre próximo à área, driblou Gudiño e abriu o placar. O gol, porém, não trouxe tranquilidade. O Cruz Azul manteve sua proposta de saída curta, assumiu riscos e, ao mesmo tempo, criou dificuldades para a marcação rubro-negra.
Com muita mobilidade, os mexicanos ofereceram linhas de passe constantes, exploraram inversões de jogo e encontraram pelo lado esquerdo seu setor mais produtivo. Rotondi foi agressivo, buscou a linha de fundo, arriscou chutes de média distância e criou bons cruzamentos. Carlos Rodríguez e Paradela se aproximavam, Piovi apoiava pelo meio, e o Flamengo passou a sofrer em inferioridade numérica em alguns momentos.
O empate veio ainda na primeira etapa, após o Flamengo hesitar duas vezes para afastar o perigo. Jorge Sánchez acertou um belo chute da entrada da área e deixou tudo igual. O Rubro-Negro ainda teve um gol anulado corretamente, mas demonstrava dificuldades claras para escapar da pressão alta do adversário, alongando passes sem planejamento e oferecendo poucas soluções ofensivas. Ditta controlou quase todas as tentativas de acionamento de Bruno Henrique, que só levou vantagem em uma jogada, travada por Erik Lira.
No intervalo, Filipe Luís promoveu a saída de Samuel Lino para a entrada de Plata, com Carrascal deslocado para a esquerda. A mudança surtiu efeito. O Flamengo voltou melhor, com mais mobilidade, maior capacidade de vencer duelos defensivos e recuperação mais rápida da posse. Mesmo com erros técnicos ainda presentes, passou a jogar mais tempo no campo ofensivo.
Aos 21 minutos, Everton Cebolinha entrou no lugar de Carrascal e deu ainda mais qualidade ao ataque. O Cruz Azul, visivelmente desgastado após ter disputado a semifinal do Campeonato Mexicano no fim de semana, caiu de rendimento. Larcamón demorou a mexer na equipe e pagou caro. Cebolinha participou da jogada que terminou com Arrascaeta novamente decisivo. Após receber de Alex Sandro, o uruguaio ficou cara a cara com o goleiro, tentou servir Bruno Henrique, viu a zaga cortar e marcou por cobertura.
Na reta final, o Cruz Azul lançou-se ao ataque, utilizou dois centroavantes e tentou o abafa. O Flamengo teve chances de matar o jogo com Luiz Araújo, Léo Ortiz e Plata, mas desperdiçou. Mesmo sob pressão, a dupla de zaga rubro-negra se manteve firme, cortando cruzamentos e bloqueando finalizações até o apito final.
Foi uma vitória difícil, construída com ajustes, protagonismo individual e maior intensidade no segundo tempo. O Flamengo segue vivo na Copa Intercontinental e agora mira o Pyramids em busca de uma vaga na decisão.



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