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Brasil mantém hegemonia histórica e será cabeça de chave no maior sorteio da história da Copa

Único país presente em todas as Copas do Mundo e maior vencedor do torneio, com cinco títulos, o Brasil também carrega um feito exclusivo: é a única seleção que esteve sempre entre as cabeças de chave em todos os formatos já adotados pela competição. Na próxima sexta-feira, em Washington, essa tradição será mantida mais uma vez, no maior sorteio de grupos já realizado.

A Fifa vai realizar, na próxima sexta-feira, em Washington, o maior sorteio de grupos da história das Copas do Mundo. Pela primeira vez, 48 seleções serão divididas em 12 grupos, marcando uma nova era no torneio. Quinto colocado no ranking da Fifa, o Brasil confirmará seu lugar entre os cabeças de chave novamente, chegando à marca de 21 participações nessa condição em 23 edições de Copa do Mundo disputadas até 2026.

As únicas exceções na história aconteceram em 1958, na Suécia, e em 1970, no México, quando não houve definição de cabeças de chave. Nessas duas edições, os potes do sorteio foram divididos por critérios geográficos, e não por ranking ou desempenho esportivo. Em todos os outros anos, porém, o Brasil esteve entre os nomes de maior destaque na divisão inicial dos grupos.

O histórico brasileiro impressiona não apenas pela frequência, mas pela regularidade ao longo das décadas. Desde 1930 até 2026, a Seleção aparece como cabeça de chave em praticamente todas as edições do torneio, um reflexo de sua força permanente no futebol mundial. Ao lado do Brasil, apenas algumas seleções conseguiram manter presença frequente no chamado “Pote 1”, como Alemanha, Itália e Argentina, que retratam as principais forças tradicionais do esporte.

A Alemanha, por exemplo, ausente apenas das Copas de 1930 e 1950, foi cabeça de chave em 17 ocasiões. Suas exceções foram nas Copas de 1954, na Suíça, e 1962, no Chile. A Itália apareceu 16 vezes nessa condição entre 1934 e 2010, enquanto a Argentina soma 14 participações como cabeça de chave entre 1930 e 2026. Curiosamente, os argentinos não estavam nessa posição quando conquistaram seu bicampeonato em 1986, caindo no grupo da Itália, então campeã.

A tradição dos cabeças de chave surgiu já na primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai. Naquela edição inaugural, Brasil, Uruguai, Argentina e Estados Unidos foram escolhidos com base em critérios esportivos e estruturais. Os norte-americanos, por exemplo, foram considerados por já terem um campeonato profissional organizado. Nas Copas seguintes, em 1934 e 1938, mesmo em formato mata-mata, a organização manteve a definição prévia das principais seleções.

Ao longo dos anos, a lista de cabeças de chave passou a refletir as transformações no cenário mundial do futebol. Houve ascensão de novas forças, como Bélgica, Espanha e França, que passaram a figurar com mais frequência nessa posição a partir do final do século XX e início do XXI. Ainda assim, nenhum país se iguala ao Brasil no quesito regularidade, presença e peso histórico.

Na Copa de 2026, que será disputada no Canadá, México e Estados Unidos, o Brasil novamente estará entre os nomes principais, ao lado de seleções como Alemanha, França, Argentina, Espanha, Bélgica, Portugal e Holanda, além dos países-sede. Isso reforça não apenas a tradição, mas também o reconhecimento global do peso da camisa verde e amarela dentro do futebol mundial.

Mais do que um detalhe no sorteio, o fato de o Brasil ser sempre cabeça de chave é um reflexo direto de sua história, sua relevância e sua influência no futebol mundial. Resta agora saber se essa tradição será transformada, mais uma vez, em uma campanha memorável dentro de campo. E você, acha que esse respeito histórico ainda se converte em favoritismo real para a próxima Copa? Compartilhe sua opinião.

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