Demissão em dois meses: Leverkusen já dispensa Erik ten Hag após início frustrante da temporada
Erik ten Hag foi demitido do comando do Bayer Leverkusen apenas dois meses após sua chegada, depois de liderar o time em apenas três partidas — uma vitória, uma derrota e um empate. A diretoria alegou que não havia condições para seguir com o trabalho dentro do planejamento da temporada.
Chegando ao clube em julho para substituir Xabi Alonso, que foi embora para treinar o Real Madrid, Erik ten Hag desembarcou com contrato até 2027. No entanto, sua passagem acabou sendo extremamente breve: apenas três partidas oficiais, resultando em uma vitória por 4 a 0 na Copa da Alemanha contra o Sonnenhof Grossaspach, uma derrota de 2 a 1 para o Hoffenheim e um empate de 3 a 3 com o Werder Bremen — este último, marcado por ter liderado o placar antes de ceder o resultado nos acréscimos.
A decisão de desligar o técnico foi tomada pelo Comitê de Acionistas, por recomendação da diretoria. Simon Rolfes, diretor esportivo, admitiu que a medida foi dolorosa e que ninguém desejava chegar a esse ponto, mas ressaltou que as últimas semanas mostraram que a atual configuração técnica não era suficiente para construir um time competitivo. Já Fernando Carro, diretor-geral, reforçou que, embora seja uma separação precoce, era necessária para garantir as melhores condições rumo aos objetivos da temporada.
Ten Hag também se pronunciou, declarando ter sido surpreendido pela decisão. Ele afirmou que nunca houve uma relação construída com base na confiança mútua, algo essencial para implementar sua visão de jogo e moldar o elenco conforme suas ideias — algo que ele lamentou profundamente.
Além do mau início de campanha, o técnico enfrentou desafios internos como a saída de jogadores essenciais — destaques como Wirtz, Frimpong, Xhaka, Tah e outros deixaram o clube, o que dificultou ainda mais sua adaptação.
Enquanto o auxiliar Rogier Meijer assume interinamente os treinamentos, o clube terá tempo para contratar um novo técnico — o próximo jogo está marcado para 12 de setembro, contra o Eintracht Frankfurt.
A saída abrupta de Erik ten Hag escancara a pressão intensa sobre quem assume o comando de um clube com ambições altas — e um elenco em completa reformulação. Com o inédito ritmo da decisão, surge um grande questionamento: será que essa intransigência se tornará norma no futebol moderno — e até onde isso é sustentável?
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