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Fórmula 1 levanta debate sobre critérios após punição a Piastri e isenção a Russell

Diferença de decisões entre incidentes na Inglaterra e na Áustria reacende discussão sobre consistência nas punições da FIA

A Fórmula 1 voltou a ser palco de controvérsia, desta vez por conta de duas decisões distintas da direção de prova em incidentes similares — e em etapas consecutivas. Enquanto Oscar Piastri foi punido no GP da Inglaterra por um toque com Verstappen, George Russell escapou de qualquer sanção após contato com Piastri na Áustria. A diferença no tratamento dos casos reacendeu o debate sobre a consistência dos critérios aplicados pela FIA.

No último domingo (6), em Silverstone, Piastri tentou uma ultrapassagem por fora na curva 3 quando Verstappen espalhou e houve contato lateral. O australiano da McLaren foi considerado culpado pelos comissários e recebeu uma punição de 5 segundos, que comprometeu totalmente sua corrida.

Já no GP anterior, realizado na Áustria, o cenário foi semelhante — mas com os papéis invertidos. George Russell, da Mercedes, tocou em Piastri em uma disputa agressiva por posição, também resultando em prejuízo para o piloto da McLaren. Na ocasião, porém, os comissários avaliaram que se tratava de um incidente de corrida e não aplicaram penalidade alguma.

As decisões, colocadas lado a lado, geraram críticas de pilotos, equipes e fãs, especialmente por envolver situações parecidas, mas com desfechos completamente diferentes. A McLaren, inclusive, já manifestou desconforto nos bastidores e espera uma explicação mais clara da direção da prova sobre os critérios adotados.

A FIA, por sua vez, argumenta que cada lance é avaliado em seu contexto específico, levando em conta ângulo de entrada, intenção, espaço disponível e dinâmica da manobra. Mesmo assim, a diferença de interpretação tem levantado questionamentos sobre transparência e imparcialidade nos julgamentos — temas sensíveis em qualquer campeonato de alto nível.

A polêmica evidencia um problema recorrente na F1: a dificuldade em estabelecer uma linha uniforme nas decisões, especialmente quando o campeonato está acirrado e cada ponto conta. Para os pilotos, a falta de clareza sobre o que pode ou não ser feito em disputas roda a roda gera incertezas e pressiona ainda mais nas tomadas de decisão em alta velocidade.

A temporada 2025 segue em ritmo intenso, mas o debate sobre justiça e consistência promete continuar fora das pistas. Será que a FIA precisa rever seus processos de avaliação? Ou a subjetividade faz parte do jogo? Uma coisa é certa: a discussão está longe de acabar — e cada nova manobra será observada com ainda mais atenção daqui pra frente.

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