Leila diz que decisão da Conmebol sobre caso de racismo é uma vergonha: “Penalidade ridícula”
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez duras críticas à Conmebol após a entidade aplicar uma punição considerada branda ao Cerro Porteño pelo caso de racismo envolvendo um jogador do clube paraguaio. Em entrevista nesta quarta-feira (13), Leila classificou a decisão como “uma vergonha” e afirmou que a penalidade imposta foi “ridícula” diante da gravidade da situação.
A polêmica surgiu após o atacante Luighi, do Palmeiras, ser alvo de insultos racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño durante uma partida da Libertadores Sub-20. A Conmebol decidiu multar o clube paraguaio em US$ 50 mil (cerca de R$ 288 mil) e impor jogos com portões fechados, mas sem uma punição esportiva mais severa.
Pressão por punições mais rígidas
Diante do que considerou um tratamento inadequado ao caso, o Palmeiras, junto com as ligas brasileiras Libra e Liga Forte Futebol (LFU), enviou uma carta à FIFA pedindo punições mais duras para atos de racismo no futebol sul-americano. O documento sugere a aplicação de multas de até US$ 500 mil (aproximadamente R$ 2,9 milhões) e até mesmo a eliminação de competições em caso de reincidência.
“Não dá mais para aceitar esse tipo de situação. O que foi feito contra o nosso jogador foi absurdo, e a resposta da Conmebol é uma piada. Penalidade ridícula. Se não houver punição severa, esse problema nunca vai acabar”, afirmou Leila.
Palmeiras na linha de frente contra o racismo
Nos últimos anos, o Palmeiras tem se posicionado ativamente no combate ao racismo dentro e fora dos gramados. O clube já promoveu campanhas de conscientização e defende que a FIFA e a Conmebol adotem medidas mais rigorosas para erradicar a discriminação no esporte.
“Estamos falando de um problema estrutural que precisa ser enfrentado com seriedade. O futebol tem um papel social importante, e não podemos permitir que a impunidade prevaleça. Vamos continuar cobrando providências”, concluiu Leila.
A pressão do Palmeiras e de outros clubes pode forçar a FIFA e a Conmebol a reverem suas políticas e a adotarem sanções mais pesadas para combater o racismo no futebol sul-americano.
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