Léo Pereira vive auge no Flamengo, relembra início turbulento e admite incômodo por nunca ter sido convocado para a Seleção
Capitão, referência defensiva e em sua temporada mais regular, Léo Pereira abriu o jogo sobre a transformação vivida no Flamengo desde 2020. Às vésperas da final da Libertadores, o zagueiro falou sobre o “trabalho de formiga” que o levou ao auge, a pressão inicial, a força do preparo mental e o incômodo por nunca ter sido chamado para a Seleção Brasileira. Hoje, ele é um dos pilares do time de Filipe Luís e vive seu melhor momento na carreira.
Se existe uma expressão capaz de resumir a trajetória de Léo Pereira no Flamengo, é a clássica: “o mundo dá voltas”. Em 2025, o zagueiro é um dos capitães, figura central da defesa e vive sua melhor temporada. Mas para chegar até aqui, ele encarou críticas, incertezas e um começo que ele mesmo define como desafiador.
Em entrevista no Ninho do Urubu, às vésperas da final da Libertadores, Léo relembrou a fase inicial marcada por pressão e expectativas desproporcionais. Em 2020, quando chegou ao clube, o defensor era comparado ao elenco histórico de 2019 e rapidamente passou a lidar com cobranças intensas. Chegou, inclusive, a considerar uma saída. Hoje, reconhece que tudo fez parte do amadurecimento.
O zagueiro destacou que a virada começou quando passou a trabalhar de forma mais profunda o lado mental — algo que não fazia no início da trajetória. Ele contou que sempre esteve preparado taticamente e fisicamente, mas que erros pontuais afetavam seu desempenho durante as partidas. A mudança de postura, segundo ele, foi determinante para encontrar consistência.
Essa consistência aparece nos números: dos 66 jogos do Flamengo em 2025, Léo Pereira foi relacionado em 63, entrou em campo 57 vezes, começou como titular em 56 e jogou os 90 minutos em 51. É um dos quatro atletas mais utilizados por Filipe Luís e vive a temporada mais artilheira da carreira, com cinco gols — fruto de treino específico e de uma postura mais agressiva em bolas paradas.
Apesar do reconhecimento interno, Léo admite o incômodo por nunca ter sido convocado para a Seleção. Não usa o sentimento como frustração, mas como motivação. Disse que se prepara semanalmente para render no mais alto nível e que observa, com naturalidade, a forte concorrência no setor. Ainda assim, garante estar pronto caso surja uma oportunidade.
Ao longo da entrevista, o zagueiro também ressaltou o papel de liderança que exerce no elenco, citando o esforço para orientar companheiros e manter o time concentrado em momentos decisivos. Ele relembrou situações recentes, como a conversa com João Victor após o Fla-Flu, e destacou que busca sempre contribuir com uma postura positiva e construtiva dentro de campo.
Léo ainda revisitou a importância do título da Libertadores de 2022, que considera um divisor de águas em sua trajetória no clube. A partir dali, afirma ter compreendido profundamente o que significa “ser Flamengo” — confiança, responsabilidade e entrega máxima em todas as ocasiões.
Agora, às portas de mais uma final continental, ele garante viver um dos momentos mais especiais da carreira. A semana decisiva, segundo ele, é de tensão, mas também de gratidão e foco total. Fisicamente, mentalmente e taticamente, Léo diz estar mais preparado do que nunca para defender o clube em busca de mais um título importante.
Ao longo dos anos, acumulou conquistas expressivas: Carioca (2020, 2021, 2024 e 2025), Brasileirão (2020), Recopa Sul-Americana (2020), Supercopa (2021 e 2025), Copa do Brasil (2022 e 2024) e Libertadores (2022). O currículo robusto ajuda a explicar por que hoje ele é visto como um dos líderes do elenco.
Da pressão ao protagonismo, Léo Pereira transformou críticas em combustível e vive um dos pontos altos da carreira. Com mais uma Libertadores pela frente, a pergunta que fica é: seu auge ainda está começando? Se depender da entrega e da mentalidade do zagueiro, o capítulo mais marcante pode estar prestes a ser escrito. Compartilhe sua opinião: Léo já merece uma chance na Seleção?



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