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Palmeiras é atropelado em Quito e precisa de goleada épica para chegar à final da Libertadores

O Palmeiras viveu uma noite desastrosa em Quito. Dominado do início ao fim, o Verdão foi derrotado por 3 a 0 pela LDU, nesta quinta-feira (23), no jogo de ida das semifinais da Libertadores. Com um primeiro tempo irreconhecível e falhas em todos os setores, o time de Abel Ferreira agora precisa de uma atuação perfeita no Allianz Parque para sonhar com a vaga na final.

Logo nos primeiros minutos, ficou evidente que o Palmeiras não se adaptou à altitude de 2.850 metros. A equipe equatoriana impôs intensidade, aproveitou os erros defensivos do adversário e abriu o placar aos 15 minutos, com Villamíl. Em seguida, o cenário só piorou: aos 27, Quiñonez chutou, a bola desviou no braço de Andreas Pereira, e a LDU ampliou de pênalti. Ainda nos acréscimos do primeiro tempo, o terceiro gol consolidou o domínio total dos donos da casa.

A equipe paulista, que já vinha abalada após a derrota para o Flamengo no Brasileirão, apresentou dificuldades para reagir. Abel Ferreira tentou reorganizar o time com as entradas de Murilo, Emi Martínez e Raphael Veiga, mas nenhuma das mudanças surtiu efeito. As poucas chances criadas — finalizações de Vitor Roque e Veiga — pararam nas defesas seguras de Domínguez.

Na segunda etapa, o Verdão até ensaiou uma melhora. Ramón Sosa e Giay entraram para dar mais fôlego ao setor ofensivo, e o time passou a incomodar nas bolas paradas. Um cabeceio perigoso de Vitor Roque e um chute forte de Sosa obrigaram o goleiro equatoriano a grandes defesas. Mesmo assim, a LDU manteve o controle e administrou o resultado com tranquilidade, sob aplausos de uma torcida empolgada e barulhenta.

Com o revés, o Palmeiras terá de buscar um feito histórico em casa. Para ir à final, precisa vencer por quatro gols de diferença no Allianz Parque, na próxima quinta-feira, às 21h30. Um triunfo por três levaria a disputa aos pênaltis; qualquer resultado menor significará eliminação.

Abel Ferreira classificou o desempenho como um dos piores da equipe sob seu comando na Libertadores. O técnico reconheceu os erros e pediu foco total na reação. O desafio, no entanto, é monumental: o Verdão terá de combinar intensidade, precisão e frieza para transformar um cenário quase impossível em um capítulo épico de sua história continental.

O torcedor palmeirense, acostumado a grandes viradas, agora se agarra à fé e à força do Allianz Parque. A pergunta que fica é: o Verdão ainda tem fôlego para escrever mais um milagre na Libertadores?

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