Seleção feminina fecha 2025 em reconstrução e mira evolução para a Copa do Mundo no Brasil
Após encerrar o ano com uma derrota para a Noruega e uma vitória sobre Portugal, a seleção brasileira feminina finalizou 2025 sob avaliação positiva de Arthur Elias. O treinador destacou conquistas, testes de formação, evolução no estilo de jogo e o nono título da Copa América Feminina, mas reconheceu pontos de atenção e a necessidade de seguir evoluindo antes do Mundial de 2027.
A temporada de 2025 representou um período de ajustes, amadurecimento e retomada de protagonismo para a seleção brasileira feminina. Sob o comando de Arthur Elias, a equipe passou por mudanças táticas, promoveu a integração entre jogadoras jovens e experientes e voltou a figurar entre as principais seleções do cenário internacional.
O ano foi encerrado com dois resultados distintos: uma derrota para a Noruega e uma vitória sobre Portugal. No balanço geral, porém, o treinador avaliou o período como superior ao anterior, ressaltando tanto o desempenho quanto a evolução coletiva do grupo.
— Vivemos um ano melhor do que o anterior. Fizemos história, colocamos o Brasil como uma das principais seleções novamente, fomos mais consistentes, com vitórias expressivas e inéditas. E, para além do resultado, tivemos o desenvolvimento da mescla de jogadoras jovens e mais experientes — afirmou Arthur Elias.
Entre os principais destaques de 2025 está a conquista do nono título da Copa América Feminina, resultado que reforçou a força do Brasil no continente. Além disso, a equipe obteve atuações consistentes contra adversárias de peso e atingiu a quarta colocação no ranking da Fifa, um reflexo direto dos avanços dentro de campo.
Arthur Elias explicou que, mesmo promovendo modificações no sistema tático, a identidade do futebol brasileiro foi mantida.
— A Seleção precisava fazer mais gols, estava faltando para o Brasil. Temos confiança de mudar o sistema tático, mas a identidade não muda. A equipe desse ano tem mais repertório, é mais consistente e sólida. A identidade está cada vez mais forte e o grupo, mais unido — analisou.
Dentro do planejamento traçado pela Confederação Brasileira de Futebol, a prioridade foi a realização de amistosos contra grandes seleções europeias, possíveis adversárias na Copa do Mundo de 2027. Os resultados desses confrontos foram considerados positivos, incluindo a primeira vitória do Brasil sobre os Estados Unidos em território norte-americano, além de bons desempenhos diante de seleções favoritas como Espanha e Inglaterra.
No total, a seleção disputou 15 partidas ao longo do ano, entre amistosos e jogos da Copa América. Apesar do saldo amplamente favorável, Arthur Elias fez questão de pontuar os momentos em que o desempenho ficou abaixo do esperado.
O Brasil somou três derrotas em amistosos — contra Estados Unidos, França e Noruega — além de dois empates contra a Colômbia na Copa América Feminina.
— Não gostei das derrotas que tivemos, principalmente contra os Estados Unidos e Noruega. Não jogamos bem e elas também não jogaram o que podem. Já a derrota contra a França eu coloco em um lance de VAR — explicou.
Com o Mundial feminino marcado para acontecer no Brasil entre os dias 24 de junho e 25 de julho de 2027, a seleção já trabalha com foco no crescimento gradual até a competição. Segundo o treinador, o processo é contínuo e exige controle emocional diante das expectativas.
— O processo é de evolução, uma busca constante. A seleção apresentou isso nas Datas Fifa. Precisamos controlar a ansiedade. Mas, se a Copa fosse hoje, estaríamos prontos para jogar — afirmou.
A próxima Data Fifa da seleção brasileira feminina está marcada para o dia 24 de fevereiro. Já em 2026, um dos grandes desafios será a disputa da Finalíssima, em que o Brasil enfrentará a Inglaterra.
Com um título continental, bons resultados contra potências mundiais e uma identidade de jogo em consolidação, a seleção brasileira feminina dá sinais claros de evolução rumo à Copa de 2027. Agora, resta saber: até onde esse grupo pode chegar jogando em casa e com o apoio da torcida? Compartilhe e deixe sua opinião sobre o futuro do Brasil no futebol feminino.



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